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“Na ETEC, eu descobri que poderia ter um futuro”, diz a jornalista da CNN Bruna Macedo.

Ex-aluna da Horácio, a profissional credita ao seu Ensino Médio na ETEC a abertura de caminhos que lhe trouxeram uma carreira de sucesso.

Como uma aluna de escola pública, da “comunidade” poderia chegar a ser uma profissional de sucesso no jornalismo televisivo brasileiro? A história da repórter Bruna Macedo, hoje na rede CNN de televisão, mostra que boas escolhas podem significar mudanças efetivas de vida. Uma dessas escolhas é buscar um bom Ensino Médio.

Bruna fez o Ensino Médio na ETEC da Escola Prof. Horácio Augusto da Silveira, concluído em 2019. Com ele, teve base suficiente para tirar uma nota alta no ENEM. Depois da ETEC, entrou em uma universidade particular, onde conseguiu uma bolsa de 100% já no primeiro ano de curso, por conta de seu desempenho escolar.

Daí em diante, não demorou a conseguir estágios em agências de assessoria de imprensa e a trabalhar em grandes meios de comunicação. Ainda na faculdade foi contratada pela Record como chefe de reportagem na madrugada, monitorando a cidade e o estado de São Paulo. Depois de oito anos, quando já estava com um bom salário na produção, decidiu se tornar repórter de televisão. Assim, foi para o interior, para apostar em seu sonho, mesmo com salário menor. Depois de um ano em Sorocaba, em março de 2020, a CNN foi lançada no Brasil e Bruna, de volta a São Paulo, foi chamada a compor o time da emissora, onde está até hoje, como repórter de TV, seu sonho desde menina.

Em busca de um ensino melhor

Bruna, que sempre foi aluna de escola pública, estudava em um bairro de comunidade, na Brasilândia, na zona norte, onde morava.

“Eu me mudei desse bairro de repente, quando estava na sétima ou oitava série.  Vim morar na Vila Guilherme, que é pertinho da Horácio Augusto”, conta.

Já no novo bairro, por meio de conhecidos, ficou sabendo da possibilidade de estudar na ETEC: “Eu sempre fui muito preocupada com essa coisa de estudar e trabalhar. Em conversa de bairro, eu descobri que existia uma ETEC próxima e que, para eu entrar, eu precisaria fazer uma prova, um Vestibulinho. Aí, eu já comecei a estudar pensando em uma vaga”, lembra.

 “A minha ideia era mudar para uma escola melhor porque, até então, eu só tinha estudado em escola ruim, sabe? O meu objetivo de entrar na ETEC era me mudar para uma escola melhor, que me desse mais oportunidade. Aí que eu descobri que, indo para a ETEC, eu poderia ter um futuro… A escola poderia me encaminhar para o mercado de trabalho. Essa era a minha ideia e foi isso o que aconteceu”, declara.

Primeiro contato com a profissão

Embora os cursos fossem voltados para a área de exatas, Bruna, que sempre gostou de português e sempre quis ser jornalista, optou pelo Ensino Médio da Horácio, o que foi uma escolha ideal para ela.

 “Prestei Vestibulinho, passei e me matriculei”, conta. “Fazer a Horácio foi muito significativo para mim”, diz Bruna. “No terceiro ano, houve um projeto na escola em que o professor Francisco, que é também jornalista, desenvolveu um jornal. Os alunos que faziam esse jornal e eu lembro que fui a editora-chefe!”, lembra com carinho.

A jornalista afirma que esse foi o primeiro contato com sua profissão. “Além das aulas de português, tínhamos aula de redação, de escrita jornalística e eu gostei dessa experiência. Foi quando eu tive meu primeiro contato com o jornalismo, digamos assim. Por isso a ETEC foi muito importante para mim”, conta.

“Foi o melhor Ensino Médio, que era o que eu buscava, e eu ainda tive contato com o jornalismo, que muito provavelmente eu não teria se eu tivesse continuado nas outras escolas”, afirma.

Uma instituição que abre perspectivas

O professor José Francisco Sobrinho, lembrado pela jornalista e que ainda dá aula na Horácio, afirma que a ETEC continua sendo uma ótima opção para os moradores da região. “Eu já dei aula em várias escolas e afirmo que não encontrei alunos de tamanha qualidade, seja em civilidade ou interesse pelas aulas”, declara o professor.

O jornal da escola atualmente não está ativo, mas há muitas possibilidades de trabalhos bacanas para os alunos. Um dos professores que mais agitam novos projetos é Guilherme Carvalho Vieira dos Santos, que tem participado de várias atividades interessantes: “A gente já fez uma série de projetos na escola. Rolou cineclube, rolou horta, rolou um Hackathon de programação, evento que desafia os estudantes da ETEC a desenvolver projetos de inovação, a gente participou da Jornada Hacker do Centro Paula Souza e ficamos em terceiro lugar, rolou a luta de robôs…”, ilustra o professor Guilherme, com numerosos exemplos.

Ainda que a pandemia tenha reduzido as possibilidades presenciais, professores engajados e alunos motivados continuam a promover na ETEC Horácio debates e entrevistas com pessoas do mercado para ajudar os alunos a entenderem e a planejarem melhor o amanhã.

Bruna Macedo é prova de que estudar na Etec da Horácio é uma boa para quem está de olho no futuro.Para saber mais sobre o Vestibulinho, clique aqui!

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